Dia Seguinte

pedro alex

15/02/10

12 de Fevereiro de 2000 e… e quantos?

Há crises e crises.

Que me lembre sempre vivi em crise ou disto ou daquilo. A crise é um substantivo tão bem implementado na consciência colectiva que duvido de que se consiga viver num estado de falta de crise. Como seria viver sem crise?

Não consigo imaginar um cenário de opulência e crescimento desenfreado neste meu canteiro à beira-mar plantado. Francamente o que seria da nossa querida predisposição para o desenrascar num cenário de abundância e prosperidade.

Como disse há crises e crises, e viver em crise neste canteirinho predisposto à realização de megalomanias sebastianistas parece-me ser o nosso modo de vida.

Assim seja!

Porém, viver num canteirinho em crise permanente, circundado de megalomanias, impostos castradores, justiças de cordel, educação imprópria e ainda por cima governado por uma áurea brilhante de aldrabice parece-me de mais.

A mim não me restam dúvidas, orgulho-me em ser quem sou, agora em ser português… haja pachorra, muita pachorra, até porque orgulho a mais é pecado e crise a mais é a fartura do pão-nosso de cada dia.

03/02/10

2 de Fevereiro de 2000 e já me esqueci

De facto não valemos quase nada. Diria que uma das características que mais nos define é sermos efémeros. Disso ninguém se lembra, nem eu, e quando me lembro ou por qualquer motivo sou obrigado a ponderar essa realidade, o único peso que encontro para contrabalançar a angústia do facto é o esquecimento. Talvez por isso, pela leviandade com que utilizo o esquecimento, habituo-me a esquecer e esqueço, esqueço sem compaixão de tanta memória perdida, esqueço sem pudor de tanta realidade indispensável. Um dia destes, por certo, vou precisar de me lembrar e não recordarei. Nesse dia ao pensar só terei 3 palavras “que se lixe”, ou não terei palavra nenhuma o que ainda será melhor. Anoto o texto para me lembrar que sou efémero e que pelo fardo da inteligência que tenho sou obrigado a corrigir o erro sistemático a que incorro assim eu o queira, sem dúvida, assim eu o queira.

12/01/10

12-1-2000 e não tenho a certeza

Chove tanto…

Lembrei-me de como é bom ouvir a chuva, corri para casa, não com medo de me molhar, mas só para a ouvir caindo.

Das nossas janelas vê-se campo e monte e árvores, estão embaciadas pelo calor da lareira, e por mim, e pela chuva que cai.

Olho o mais longe que posso, e quanto mais olho mais são os pensamentos sempre acarinhados pelo conforto desta casa, tão simples, tão enormemente morna que se confunde com quente.

A música mistura-se com o estalar da madeira que arde, e eu vou-me misturando com tudo sem saber como parar.

Num instante ribomba um trovão, não lá fora mas dentro de mim, e corro para a chuva, e com ela danço de braços abertos, e rodopio, e encharco-me nela, e encanto-me com tudo.

Vai caindo a noite e a luz amarela das janelas pisca por mim, e outra vez corri para casa, desta vez não para ouvir a chuva, mas para continuar a rodopiar e dançar com a casa, e abraça-la e usa-la e tê-la.

E vou indo e indo, sem parar, até quando e onde me apetecer.

15/12/09

15-12-2000 e coisa e tal

(Há cerca de 10.000 anos a.C.)

Na planície branca sem fim dizia Hmm para a sua mulher Hmma.

- O tempo está a aquecer, com esta história do aquecimento da Terra ainda vamos passar um mau bocado.

- O que dizes Hmm, a Terra está a aquecer, ai que desgraça. Por todos os mamutes já desaparecidos, o que nos irá acontecer?

- Não sei mulher, nem consigo imaginar o que irá aparecer debaixo deste gelo todo. O mais certo será a nossa raça desaparecer. Não faço ideia como salvar este planeta.

- Diz-me Hmm, o que terá promovido este arrepiante aquecimento?

- Hmmm, Hmma talvez a libertação de gases tenha originado um aumento de CO2 na atmosfera, sabes, os gases de estufa que o feiticeiro apregoava para não serem libertados.

- Ai companheiro, mas isso foi consequente da nossa mudança de alimentação. Acabaram-se os mamutes, alambazámos o estômago em musgos e afins, daí a libertação de tanto gás pelos intestinos do povo. O feiticeiro apregoava mas era pelo cheiro que o gás emanava.

- Pois, pois… agora nada há a fazer. Vai desaparecer este manto branco que tanto nos protege e seja o que os nossos já extintos mamutes quiserem.

- Teremos hipóteses de salvar o planeta?

- Deixa lá mulher, quem depois vier que bata com a porta, agora vou ali… dói-me a barriga e tenho gás a libertar…

E assim terminou a última era glaciar deste nosso mundo em perdição. O degelo abriu novas fronteiras aos sucedâneos de Hmm e Hmma que ao alterarem a alimentação pela diversificação de alimentos promovida pelo aquecimento global conseguiram diminuir a libertação de gases de efeito de estufa pelos intestinos. Uma nova Era vingou. Outras vingaram e ainda mais outras hão-de vingar.

08/12/09

2 de Dezembro de 2000 e troca o passo

Hoje sonhei com a morte!

É habitual lembrar-me dos sonhos que sucedem nos meus sonos. Só devaneio nesses períodos por isso é-me muito grato ter a sorte de me lembrar desses episódios de delírio umas vezes fascinante, outras e na maioria de vulgar acontecimento. Aos meus sonhos, que me parecem vivências autênticas pela frenética ocorrência de sensações e sentimentos que deles brotam, dedico-lhes carinho e aos mais incomuns guardo-os bem guardados na lembrança. Sei perfeitamente, por exemplo, qual é a sensação de voar livre de asas. Sei exactamente como conviver com almas de outro mundo, seres míticos, bandidos. Sei qual é a sensação de matar.

Dos meus sonhos não faço experiência mas guardo a impressão.

Hoje sonhei com a morte. Podia ter sonhado com a vida ou com outra coisa qualquer. Foi um sonho corriqueiro, dele guardo a sensação. Julgo um desperdício desperdiçar sensações.

Deste sonho derivo agora para uma experiência que é comum no meu dia-a-dia. A observação do júbilo da chegada e da tristeza da partida. Parece fútil reparar neste jogo de sentimentos antagónicos, mas assim sou, tudo o que me possa transmitir um estado de alma sorvo exaustivamente sem nunca me cansar e rejubilo ou entristeço.

O abraço esfusiante da chegada é tão diferente do muitas vezes salgado e sempre apertado abraço da partida. Eu sei, é óbvio.

A morte é apertada e salgada. A vida é doce e aberta!

24/11/09

24 de Novembro de 2000 e carqueja

História 6

O tempo passou tão impávido e sereno como o gajeiro. O dom da espera que tantas vezes desespera, nele não fazia sentido. Sem horas nem dias o gajeiro deixou-se estar meses quieto ao sol do estio e agora às primeiras chuvas do Outono. Afortunado pela insensatez que o tempo lhe representa manteve-se a observar todo aquele mundo novo que nem de perto nem de longe estava ainda pronto a enfrentar.

Estava na altura de zarpar para novos horizontes, aquele, além dos gentios que passavam e se tornavam iguais já pouco lhe acrescentava. Ergueu a proa, espreguiçou-se fazendo ranger todas as juntas que o constituíam, soltou um gemido roufenho pela buzina agora com pouco uso e com a lentidão do entardecer começou a mover-se.

Apenas ouviu a exclamação esfusiante de uma criança que agarrava a mão do pai:

- Pai, pai, olha aquele barco a andar sozinho pela rua fora.

- Onde meu filho?

- Ali, pela estrada. Não vês?

- Não filho, não vejo nada!

- Ali pai, vai pela estrada fora, devagarinho.

- Filho, querido, não vejo o barco mas está bem. Desde que tu vejas, está bem…

O Gajeiro ao ouvir a conversa ficou incomodado. Então uns viam-no e outros não?

Como é possível uns olhos verem e outros não uma realidade tão grande como ele?

Na vida por que passou sempre viu e ouviu tudo o que os como ele viram e ouviram. Será a realidade deste novo mundo assim tão diferente da dele?

- Não meu caro! Ripostou um semi-rígido que passava por ele rebocado por um automóvel.

- Quem és? Disse o Gajeiro.

- Saltapocinhas, tudo junto! Respondeu o semi-rígido.

- Mas que 31, Saltapocinhas tudo junto. Então porquê? Questionou o Gajeiro enquanto acompanhava a velocidade moderada o reboque.

- Os homens meu caro, os homens são diferentes de nós, mais evoluídos, mais sofisticados, conseguem ver e ouvir só o que querem. Vem, acompanha-me, vou para uma barragem, lá falaremos melhor no nosso elemento.

- Uma barragem! Já ouvi falar. Vou contigo então e lá explicarás-me com mais cuidado essa conversa do ver e ouvir apenas o que se quer.

O Gajeiro deixou-se guiar pelo seu novo companheiro seguindo e apreciando novos rumos, vistas e gente. Por ele veria e ouviria tudo; deixar o que quer que seja para trás seria uma perda de conhecimento grande. Havia gente que o via, ficava  admirada, havia gente que não o via, estava aparvalhada, não pelo seu feito de sozinho caminhar em terra firme, aparvalhada estava pela vida que levava.

14/11/09

14-11-2000 e carqueja

Pelos anos que já passei e os, os sei lá, os sei lá quantos estados de alma que de forma


tempestiva já me trespassaram, há um, um novo, novo nunca dantes sentido por mim. Assim é a vida, vida sem laracha nem lamechice, que de forma abrupta ou pachorrenta me proporciona vivências queridas, desejadas, inusitadas, tresmalhadas e mais umas outras tantas que para poupança me escuso enumerar.
Ao interiorizá-lo, porque é novo, tem necessidade de ser bem provado e apreciado, reconheço a dificuldade em conquistá-lo e congemino estratégias que o mantenham sempre presente. Discorro mais um pouco e sorrio porque sei que nada nesta vida é perene!
Porém, o que me importa é a gravidade da descoberta:
- Ser, estar, permanecer, ficar... sossegadamente feliz!

05/11/09

01/11/09

28/10/09

28 de Outubro de 2 mil e não sei quantos…

M2

Permaneço asno.
Após o último post que aqui publiquei, confesso, nada li para aprender mais; apenas vivi.
Vivi, será esse pretérito perfeito conjugação suficiente para me dar alguma certeza de que aprendi?
- Decerto que não!
Eis-me perante uma dúvida, dúvida que me tira a cor toda.
- Estarei com alma suficiente para continuar?
- E certezas, afinal para que as quero?
Enfim, pelas interrogações anteriores, tenho mais do que uma dúvida. Se for esse o caminho paro aqui. Valerá a pena parar aqui?
- Raios me partam, não passo da cepa torta em forma de ponto de interrogação.
Bate-me qualquer coisa em forma de pressentimento, não para esta noite nem para a próxima, nem para qualquer outra que possa vir. Tenho um pressentimento e ponto final.
Para a frente, porque para trás mija a burra!
M2

15/02/09

 
 
Colagens22-1

13/02/09

Então meus pomposos e queridos leitores, o que valerá a pena, passar um fim-de-semana a fazer que se faz, dizer mal da vida, dos amores e desamores, do que faz falta à malta?

Eu acho que vale a pena “fazer de conta”

Porque não?

Jornal de Notícias, 09-02-2009

 

Está bem... façamos de conta

“Está bem... façamos de conta

2009-02-09

Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?). Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo.

Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês. Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível. Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu. Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média. Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação. Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo. Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva". Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda). Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport. Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal. Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também. Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus. Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores. Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS. Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso. Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas. Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos.”

 

Blogs?

Se tivessem uma função arrebatadora,  ai se tivessem…

10/02/09


27/01/09

Enquanto embuchava qualquer coisinha ouvia uma senhora na tv a falar sobre regressões.

As regressões seriam para ela hipnotismos que fariam as pessoas voltar a vidas passadas, compreendê-las, e assim justificar as amarguras da vida presente.

Compreendo agora a minha tendência aristocrática em assumir o título de cavaleiro.

Talvez numa outra vida o tenha sido.

E vocês meus caros, hmm, hmm…

O que é que vocês terão sido  nas vossas outras vidas, hmm, hmm…?

Após miles comentários elaborarei tese sobre o assunto!

26/01/09

 

No “Expresso” da semana passada o Miguel Sousa Tavares toca ao de leve na teoria da ligeireza adoptada por quem não tem verdadeiramente com o que se preocupar. Nem comento porque não há comentário possível.

Depois fala da actualidade burlesca da nossa sociedade, bela treta diga-se de passagem, e refere-se a um fulano que através de um blog diz mal dele.

Aquilo caiu-me mal.

Ora se eu tivesse o estatuto privilegiadíssimo de ter uma página do expresso por minha conta e risco, se tivesse a privilegiadíssima oportunidade de uma vez por semana botar as trombas na tv e dizer umas coisas (evidentes por sinal), dar-me-ia ao trabalho de gastar linhas em defesa do meu ego contra um blog?

Queridos comentadores, que acham?

Querem saber o que eu faria?

Querem, querem?

Bom, como pediram muito, eu respondo:

Não sei, sinto-me tão longe desses voos que francamente não saberia o que fazer…

Oh, faria! As indefinições são um tédio!

Sei lá…

No “Expresso” escreveria sobre a melhor forma de se colocar a minhoca no anzol, na tv falaria ao coração das mulheres portuguesas, ao gajo do blog, ao gajo do blog nada, é um gajo por isso não tem graça nenhuma.

Um dia irei pagar a incoerência das minhas palavras!

Ah, deixo o texto do MST:

“O factor Vara

 

Ultimamente tenho sido industriado num conceito novo sobre a vida que é também uma filosofia de vida: ser "leve". Ser "leve" é o contrário de ser "pesado", é, parece, a capacidade de levar as coisas sempre de uma forma ligeira, de não se preocupar demasiadamente com nada nem dar demasiada importância a coisa alguma. Aconteça o que acontecer, façam o que fizerem, as pessoas "leves" levam tudo na despreocupada: nada deve ser suficientemente grave ou importante para que deixem de rir e de sorrir todo o tempo e em todas as circunstâncias. Trata-se de um conceito moderno e urbano, que a mim me deixa um pouco baralhado, até porque nos últimos anos tenho aprendido a preferir cada vez mais a chuva no campo do que os dias cinzentos na cidade. É verdade que os portugueses sorriem pouco e que sorrir faz bem à saúde e torna as pessoas mais bonitas. Mas lembro-me de a minha mãe dizer que os que vivem eternamente felizes e despreocupados, sempre a rir ou a sorrir, ou são parvos ou são inconscientes. Sim, porque é difícil distinguir onde acabam as virtudes de ser "leve" e começa a estupidez de ser leviano. A fronteira não é clara e há-de ser estreita.

Mas de uma coisa estou certo: só se pode levar as coisas numa "leve" quando se tem condições para tal. Quem vive em quadros de miséria e carência, quem tem da vida urbana uma paisagem de subúrbios desumanizados, quem tem problemas sérios de saúde, quem viu morrer um filho ou alguém muito próximo e amado, quem viu morrer uma após outra todas as ilusões, ou não é "leve" ou anda a Prozac. Poder ser "leve" é um privilégio, não toca a todos.

Mas tenho andado a pensar seriamente no assunto - tentando, claro, pensar de uma forma "leve", para que faça sentido. Muita gente, e leitores meus, acham que eu me indigno vezes de mais com coisas de mais. Não valeria a pena. Há um tipo que escreve sobre mim num blogue e que se irrita sobremaneira com o que ele acha ser a minha indignação permanente e traça de mim um retrato, até físico, que me deixa abalado. Preocupam-me, então, duas coisas: a minha recorrente indignação, tal como ele a descreve, e o facto de a minha indignação acarretar a indignação dele. Vou tentar mudar, a bem dos dois.

Em vez de dizer que as coisas me indignam ou revoltam, vou passar a dizer suavemente que elas me deprimem. Por exemplo: a história de Armando Vara, promovido ao nível máximo de vencimento na Caixa Geral de Depósitos e para efeitos de reforma futura, depois de já estar há dois meses a trabalhar na concorrência do BCP, é uma história que me deprime. Não, não, acreditem que, apesar de isto envolver o dinheiro que pago em impostos, esta história não me revolta nem me indigna, apenas me deprime. E de forma leve. Eu explico.

Toda a 'carreira', se assim lhe podemos chamar, de Armando Vara, é uma história que, quando não possa ser explicada pelo mérito (o que, aparentemente, é regra), tem de ser levada à conta da sorte. Uma sorte extraordinária. Teve a sorte de, ainda bem novo, ter sentido uma irresistível vocação de militante socialista, que para sempre lhe mudaria o destino traçado de humilde empregado bancário da CGD lá na terra. Teve o mérito de ter dedicado vinte anos da sua vida ao exaltante trabalho político no PS, cimentando um currículo de que, todavia, a nação não conhece, em tantos anos de deputado ou dirigente político, acto, ideia ou obra que fique na memória. Culminou tão profícua carreira com o prestigiado cargo de ministro da Administração Interna - em cuja pasta congeminou a genial ideia de transformar as directorias e as próprias funções do Ministério em Fundações, de direito privado e dinheiros públicos. Um ovo de Colombo que, como seria fácil de prever, conduziria à multiplicação de despesa e de "tachos" a distribuir pela "gente de bem" do costume. Injustamente, a ideia causou escândalo público, motivou a irritação de Jorge Sampaio e forçou Guterres a dispensar os seus dedicados serviços. E assim acabou - "voluntariamente", como diz o próprio - a sua fase de dedicação à causa pública. Emergiu, vinte anos depois, no seu guardado lugar de funcionário da CGD, mas agora promovido por antiguidade ao lugar de director, com a misteriosa pasta da "segurança". E assim se manteve um par de anos, até aparecer também subitamente licenciado em Relações Qualquer Coisa por uma também súbita Universidade, entretanto fechada por ostensiva fraude académica. Poucos dias após a obtenção do "canudo", o agora dr. Armado Vara viu-se promovido - por mérito, certamente, e por nomeação política, inevitavelmente - ao lugar de administrador da CGD: assim nasceu um banqueiro. Mas a sua sorte não acabou aí: ainda não tinha aquecido o lugar no banco público, e rebentava a barraca do BCP, proporcionando ao Governo socialista a extraordinária oportunidade de domesticar o maior banco privado do país, sem sequer ter de o nacionalizar, limitando-se a nomear os seus escolhidos para a administração, em lugar dos desacreditados administradores de "sucesso". A escolha caiu em Santos Ferreira, presidente da CGD, que para lá levou dois homens de confiança sua, entre os quais o sortudo dr. Vara. E, para que o PSD acalmasse a sua fúria, Sócrates deu-lhes a presidência da CGD e assim a meteórica ascensão do dr. Vara na banca nacional acabou por ser assumida com um sorriso e um tom "leve".

Podia ter acabado aí a sorte do homem, mas não. E, desta vez, sem que ele tenha sido tido ou achado, por pura sorte, descobriu-se que, mesmo depois de ter saído da CGD, conseguiu ser promovido ao escalão máximo de vencimento, no qual vencerá a sua tão merecida reforma, a seu tempo. Porque, como explicou fonte da "instituição" ao jornal "Público", é prática comum do "grupo" promover todos os seus administradores-quadros ao escalão máximo quando deixam de lá trabalhar. Fico feliz por saber que o banco público, onde os contribuintes injectaram nos últimos seis meses mil milhões de euros para, entre outros coisas, cobrir os riscos do dinheiro emprestado ao sr. comendador Berardo para ele lançar um raide sobre o BCP, onde se pratica actualmente o maior spread no crédito à habitação, tem uma política tão generosa de recompensa aos seus administradores - mesmo que por lá não tenham passado mais do que um par de anos. Ah, se todas as empresas, públicas e privadas, fossem assim, isto seria verdadeiramente o paraíso dos trabalhadores!

Eu bem tento sorrir apenas e encarar estas coisas de forma leve. Mas o 'factor Vara' deixa-me vagamente deprimido. Penso em tantos e tantos jovens com carreiras académicas de mérito e esforço, cujos pais se mataram a trabalhar para lhes pagar estudos e que hoje concorrem a lugares de carteiros nos CTT ou de vendedores porta a porta e, não sei porquê, sinto-me deprimido. Este país não é para todos.

P.S. - Para que as coisas fiquem claras, informo que o sr. (ou dr.) Armando Vara tem a correr contra mim uma acção cível em que me pede 250.000 euros de indemnização por "ofensas ao seu bom nome". Porque, algures, eu disse o seguinte: "Quando entra em cena Armando Vara, fico logo desconfiado por princípio, porque há muitas coisas no passado político dele de que sou altamente crítico". Aparentemente, o queixoso pensa que por "passado político" eu quis insinuar outras coisas, que a sua consciência ou o seu invocado "bom nome" lhe sugerem. Eu sei que o Código Civil diz que todos têm direito ao bom nome e que o bom nome se presume. Mas eu cá continuo a acreditar noutros valores: o bom nome, para mim, não se presume, não se apregoa, não se compra, nem se fabrica em série - ou se tem ou não se tem. O tribunal dirá, mas, até lá e mesmo depois disso, não estou cativo do "bom nome" do sr. Armando Vara. Era o que faltava! “

20/01/09

Recordo:

Os factos importantíssimos que levaram as gasolineiras portuguesas a aumentarem em contra-ciclo o preço dos carburantes foram:

- O conflito em Gaza entre Israel e o Hamas;

- A crise do gás promovida pela Rússia e Ucrânia.

Relembro:

Ambos os factos importantíssimos foram superados!

Aposto:

Novos factos importantíssimos surgirão de forma a garantir o aumento dos preços em contra-ciclo.

Motivos:

As gasolineiras pretendem ser dos principais agentes económicos a combaterem a deflação e assim colaborarem de forma activa na recuperação da bem-aventurada inflação portuguesa.

Congratulei-me com este gesto acertado dos gasolineiros portugueses, que de forma exemplar souberam interpretar com mestria o gesto dos seus parceiros, os banqueiros, na arte de bem especular.

Rejubilo com a atitude especulativa. Sim, finalmente aprendemos a lição, tarde mas aprendemos a especular. Prevejo que daqui a uns vinte anos possamos ter a nossa crise do “subprime” e que, talvez, mais uns 300 anos e com orgulho possamos ver o nosso primeiro primeiro-ministro negro, salvador da ilustre pátria lusitana.

03/01/09

- Agora vou pensar! Disse despreocupado.

Há tempos intitulei-me cavaleiro. Não me lembro a certeza dessa nomeação, porém, e após auto-exame apurado, parece que me assenta como uma luva.

De todos os títulos que vou assumindo, julgo estranho uma vida resumir-se a um só título, concluí que o mais apetecido, Senhor, senhor e mais nada, ainda está por culpa minha distante de ser conseguido; descobri entretanto que por dá cá aquela palha o Excelência também poderá ser acrescentado ao rol dos meus qualificativos.

Digo-o peremptoriamente e após ouvir comunicações de sua, esqueci-me, primeiro-ministro e sua, esqueci-me novamente, presidente da república acerca do novo ano e do velho também.

Aos meus botões digo com imensa sinceridade e exercício de comparação – Eu comunicaria melhor! -.

Eu pronunciaria melhor a previsão do futuro de uma nação despedaçada há séculos por governos de sucessivos incompetentes, corruptos, e, pior, inimputáveis!

Urbanidade rapaz, até aqui, longe de tudo e perto de todos te é exigida para que mudes de razão e através do comportamento que te é esperado escrevas, como sempre, abissalmente.

- Ah! Está bem…

Então continuarei mas desta vez não só como cavaleiro, mas como sua excelência o cavaleiro pedro alex. Se assim não for, se deste modo não for a minha auto-estima, rasgo em pedacinhos esta história e boto-a ao vento dando um esgar carnavalesco ao tempo que se segue.

Fui comprar pão, Pão-nosso de cada dia nos Dai hoje, e perdi-me no raciocínio que até me arrebatava.

Arrebatava tal como a conversa do caçador aos amigos sobre perseguições em terras inexploradas. Às tantas, após horas de busca a um leão formidável, o intrépido animal arma-lhe uma cilada e apanha-o pelo flanco impedindo o disparo fulminante da sua carabina. Sem outro meio de defesa o caçador envolve-se numa luta desigual corpo a corpo com a besta, socando-o e mordendo-o na imensa juba enchendo-lhe a boca de pêlos. Entretanto o telefone toca e o caçador tem de atender uma chamada. Chegado ao grupo que ouvia fascinado a sua história pergunta:

- Onde ia eu?

- Estavas com a boca cheia de pêlos! Disse um dos ouvintes.

- Certo, e então a mulher gemia, gemia e gemia…

Eu também já fui leão, mas agora não, contento-me com sua excelência o cavaleiro pedro alex, cavaleiro por mérito e excelência por comparação.

31/12/08

FDA

Caralho, que ano!

Foda-se se foi!

E o próximo, merda?

Tanga!

Que se lixe, é como este. Constrói-se, foda-se!

O que queres?

Eu?

Sim!

Foda-se, merda; a mesma merda de sempre!

23/12/08

Mundo, azul, verde, castanho e branco; assim o vejo donde me interessa, perfeito, arredondado, incansável às voltas e mais voltas sobre si e em torno duma estrela.
Assim o vejo e digo calado, “mundo não te estonteias?”. Digo por dizer, digo pela minha experiência de quando giro e mais giro, primeiro de braços abertos para catar tudo o que quero fechando-os aos pouquinhos rodando e rodando cada vez mais depressa expurgando o desinteressante.
Olho o mundo, a brincar faço-o mais uma vez; abro os braços e giro “devagar devagarinho como quem vai à Ribeira Grande” percepciono tudo e giro, fecho os braços, e giro, aperto os braços e giro, e giro até que abraço.
Sinto quem abraço neste Inverno, princípio dos dias grandes, sem rancores mas amores, com sentimentos sem tormentos, porque é assim!
- Espera!
- O que foi?
Consciência, a maior fala-barato que ainda conheço!
- Hoje tens outros como tu no teu abraço.
- Tenho? Pois tenho!
Carinhosamente desembrulho o abraço apertado e vejo-vos e beijo-vos um a um:
Alexiaa, DoubleM, Gala, Igara, João Pedro, Leo, Mac, Marialfacinha, Menina Marota, Seila, SHS, Storm, Tretoso.
- Ide, ide lá agora que já vos abracei, beijei… não sufoco ninguém!
- Não lhes queres mais nada!
- Se queres diz, consciência. Diz por mim!
- Um grito de consciência? Vale?
- Sim vale, grita lá rapariga!
- Hei!... Bom Natal!!! Porque o abraço e o beijo foi ele que vos deu! Piroso!
- Pindérica, és pindérica consciência, um dia rifo-te.
- Ah, ah, ah!... Rifas-me?
- Sente, sente e julga.
E a consciência calou-se.


Música aconselhada: Alone in Kioto, Air

11/12/08

Ao observar-me reflicto no tempo que passo; tão pouco tempo a brincar e tanto tempo a sério!
E o tempo que durmo, credo, que exagero, 1/3 da minha vida a dormir, não fosse recordar-me dos sonhos então é que era uma laracha de tempo.
Rejuvenesço, troco o blog, coisa séria, por sms’s, e outras, outras coisas; ui, e que coisas incontáveis – claro, de carne e osso, esperavas o quê pateta, grãos de areia para contar? – Tempo visceral profundamente humano.
Desejo!

26/11/08

24/11/08

O meu passado foi ontem e ai como tenho saudades dele e dela que mo deu passado tão presente anunciador dum futuro que por Deus desejo passado.
T
enho-a ainda presente num passado desinteressado que nem futuro prometia tão pouco avassalador como este presente que escrevo sem interesse de presentear.
Que tempo de tempos tão amalgamados sem mistério nenhum!
Simples a minha simplicidade fundada em retórica ligeira, ligeireza de actos e palavras, actos leves, palavras subtis ligadas umbilicalmente ao querer.
Quero!

08/11/08

Enquanto te aguardo, porque logo virás, e virás na tua opulência feminina, procuro sossegar o turbilhão de vontades que me despertas (não no “amo-te” que tantas vezes te digo e faz de mim um leigo porque não lhe consigo encontrar outro significado) em encontrar um léxico idêntico ao teu esplendor.
Não há poemas ou ditos que se igualem a ti, tão pouco a minha sabedoria chega ao que me és.
Desespero!
Desespero sem contenção porque não há justiça, se a houvesse, abrir-se-iam todas as masmorras onde se punem os mais ilustres sentimentos e por eles seria abençoado; de alma iluminada saberia dizer-te outra certeza diferente da que sem cadência te digo – amo-te –.
Sossego!
Sossego porque o meu corpo, todo ele, corresponderá à magnificência da tua vontade, e nesse tempo desculparás a pouca versatilidade das minhas palavras, que entre frases obscenas em surdina, acrescentará ao amo-te o quanto te adoro e estou apaixonado por ti.
Vem!

História V

É tarde, muito tarde, tão tarde que o temeroso Gajeiro deixou-se perder nos dias e nas luas percepcionando apenas os que passavam e as conversas que deitavam ao vento.
Lembrou-se de uma, na noite anterior acalmada por um dia de chuva que afugentou os curiosos que o visitavam.
Era então uma noite serena de céu cristalino, um céu tão limpo que se lhe sentia a alma da sua imensidão.
Ia um homem, ia uma mulher…
- Olha querida, uma nuvem na lua!
- É, pois é!
- Espera, qual nuvem qual carapuça, é um eclipse!
- Olha, tens razão, é um eclipse.
- Amor, olha à tua volta, ninguém repara no fenómeno?
O perfume da maresia acompanhava-os mansamente.
- Temos um eclipse só para nós!
- Seremos velhinhos e lembraremos sempre este dia.
Abraçaram-se e beijaram-se selando a promessa.
- Amor?
- Sim.
- Sabes onde encontrar a estrela polar?
- Não.
- Eu digo-te, vês a Ursa maior, aquela ali.
Agora conta o espaço da cauda três vezes no sentido convexo.
Vez aquela estrelinha pequenina quase imperceptível?
- Vejo, é a Polar?
- Sim e faz parte da Ursa Menor.
De hoje em diante nunca mais te sentirás perdida e saberás sempre dar conta do teu norte.
E selaram a promessa com outro beijo, beijo que prometia outros tantos, quantos as estrelas que conseguissem contar.
O Gajeiro emocionou-se com o casalito, simples, de mão dadas, atentos ao mundo menos a ele.
Um dia teria de entender os sentimentos humanos, tão difíceis, tão majestosos amorosos e cruéis.
A ele seria um casalito a marcar na sua memória agora mais dada ao sentimento do que ao eclipse que já estava a admirar há muito tempo.

27/08/08

História, estória... I, II, III, IV

Vinha afoito escrever aqui, faz quase um mês que aqui não escrevo, vinha afoito e destemido, determinado pela vontade de reestrear, redescobrir, reinventar, tão ligeiro e apressado vinha eu que me esqueci do que vinha aqui rabiscar.

Se me amansar à motivação escreverei coisas tão belas, deliciosas, quase poções mágicas, e maravilharei quem estiver com ousadia de as interpretar:

I



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Esta é a história da valentia de um barquinho decidido a escapar das amarras do mar para navegar em campos, montes e serras de flores.


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Cansado da monotonia de mares e mais mares despediu-se dos seus pares resolvido a contrariar a lógica e a evidência.

Só encalha quem quer, foi o seu primeiro pensamento desmesurado quando sentiu o mar faltar-lhe e a terra áspera, ainda depósito de conchas, cascas de mexilhão, restos de redes, latas enferrujadas lançadas à água por gente incauta, coçar-lhe o casco incutindo-lhe precaução.

Cauto, tão cauto tenho sido, lembrou-se à medida que o desequilíbrio pela falta da sustentação que a água tanto lhe dera, lhe acanhava os movimentos quase sempre rectos de proa para as ondas.

Sentiu-se preso, sentiu-se subitamente sufocado e inclinou-se submisso…

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II

Impressão que depressa foi vencida pela pretensão apadrinhada por uma vontade ancorada na descoberta de novos horizontes diferentes da planura do mar ou raso ou ondulado ou encapelado.
O deleite que tanta vez obriga à renúncia estava à mão de semear, e o mais difícil, encalhar por vontade própria, já o tinha conseguido. À memória viera-lhe histórias de outros companheiros que por infortúnio afundaram em abismos, lançados por tormentas contra escolhos aterrorizadores rasgaram o casco em mil bocados contra a querença de todos eles.
Sacudiu a imaginação e refez a memória unicamente concentrada nas histórias dos homens que o serviam e transportava com destreza a bancos de pesca e outros portos onde negociavam a generosidade do mar, e trocavam histórias contadas e recontadas vezes sem conta nas pausas das suas vidas azafamadas.
A obsessão em vislumbrar novos mundos tantas vezes escutados lembrou-lhe um dito proferido pelos seus homens “a fé move montanhas”, interiorizou-o e num gemido estrondoso endireitou-se, abanou-se sacudindo os restos de água e sal, e ergueu-se majestoso caminhando pela areia; era esquisito, seria acessível.
Caminhou intrépido os primeiros metros tentando absorver ao pormenor todas as impressões novas. Quando olhou em frente testando a visão do novo mundo assustou-se e gritou quando viu a carcaça de um dos seus exposta sem recato.
- Quem és tu? O que te aconteceu? O que te fizeram?
Exclamou mostrando toda a sua inquietação.

III

- Eu? Diz-me antes quem és tu. Nunca vi desvairado como tu a lançar-se do mar para a terra, encalhar e erguer-se como se nada tivesse acontecido, com os modos de um deus qualquer capaz de contrariar as leis que a Física impôs desde o início dos tempos.

- Gajeiro, nunca ouviste falar do Gajeiro? O Gajeiro sou eu.

- Gajeiro? Não. Também sou velho e desde que me tornei obsoleto tiraram-me do mar. Resta-me agora esta velha carcaça torrada pelo Sol, a paisagem compassada pelas enchentes e vazantes, os excrementos da passarada e os lixos humanos. Era o que mais me faltava conhecer o Gajeiro que por arte ou teimosia zarpa do mar para terra.

Sabes tu quem é o Infante?

- O Infante? Nunca ouvi falar, a não ser daquele que lançou as nossas ilustres antepassadas ao mar para descobrir mundos.

- És novo, pouco sabes então das lides do mar se não me conheces, o Infante.

- Diz-me então Infante os motivos porque haveria eu de te conhecer!

- Hão-os tantos. Deitaram-me ao mar nos primeiros quartos do século vinte. Venci a minha primeira rebentação instigado por dois remos de mais de cem quilos, cada um governado por dois braços vigorosos de dois dos três humanos que acolhia a bordo. Ia carregado de redes acabadas de tecer ornadas com bóias coloridas e pequenos mastros onde dançavam duas ou três bandeirinhas de flanela velha que davam identidade às redes. Vinha do mar ainda mais carregado, com tanto peixe que ainda hoje lhe sinto o cheiro embrenhado no pinho da minha carcaça. À chegada da faina esperavam-me um rebuliço de gente cantante, feliz pela dádiva que trazia, e parelhas de bois bem pomposos que me arrastavam areia dentro para descansar da jornada. Não faço conta às histórias porque passei ilustre Gajeiro, nem às 2 gerações de homens que por mim passaram e que com orgulho sempre levei e trouxe a salvo. Ainda hoje, os que ainda por cá andam, encostam-se a mim saudosos e carpem mágoas da contemporaneidade, ou relembram façanhas já há muito idas. É um regalo quando os tenho. Vê lá, já velho e caduco e ainda lhes dou encosto.

- Talvez te devesse conhecer Infante. Desconheço muita coisa do nosso mundo, e dele, agora, nada mais me interessa. Ergui-me para a terra não foi para conhecer histórias do mar, quero ver o outro mundo, aprendê-lo, e depois, talvez volte ao nosso.

Sabes tu coisas do outro mundo?

- Não. Não nem quero saber. As vezes que já me choraram lágrimas em causa desse mundo foram as suficientes para que dele só queira o chão que agora me sustenta. A monotonia desta minha vida sem uso, pendulada pelas marés, dias e noites, estações e tempos, é-me cara. Estou velho e resignado, a novidade estremece-me. Doutros mundos não quero saber nada e não tenho raiva dos que deles sabem muita coisa.

- Seja feita a tua vontade Infante. Eu vou satisfazer a minha e quem sabe um dia volte a passar por aqui e te conte novas de todos os mundos. Até um dia destes Infante.

- Vai com sorte Gajeiro.

IV

A sorte tantas vezes em vagas alterosas posta à prova não lhe iria faltar, não por ser audacioso, cansado estava das prelecções do dito mestre que tantas vezes levava a bordo sobre a pretensa fama de ser sortudo. Ele sim fazia-lhe a sorte quando todas as suas juntas rangiam durante a tormenta, ou quando por teimosia do leme desviava uns segundos a rota pretendida levando a sua tripulação a um banco de peixe bíblico. “Construo a minha sorte em cada decisão que opto contra as que me são adversas” resmungou enquanto deixava a ré para o Infante. “Obrigado Infante” vociferou através da corneta que tanto concerto deu nas campanhas ensombradas pelo nevoeiro.

O novo mundo, exagerado em toda a sua estranheza, precisava urgentemente de ser compreendido na sua forma para que depois se aventurasse no entendimento do seu feitio. Teria de ouvir, cansar-se de ouvir sem perguntar, estontear-se de compreensão, tarefas absurdas mas indispensáveis na escalada almejada.

Teria avançado uns 30 metros, 30 longuíssimos metros, talvez a sua maior distância percorrida julgando pelo cansaço que sentia. Um descanso seria a aconselhável decisão, descanso e contemplação dum novo horizonte que lhe parecia menor do que o que estava habituado. Descanso, contemplação e descoberta, suspirou enquanto a brisa trazia a maresia que o irritava e que de cor já sabia quando tinha mais ou menos sal, mais ou menos humidade, mais ou menos algas, era douto no conhecimento de todos e mais alguns elementos que compunham o seu odor. Não fosse a maresia e o local seria perfeito para o pretendido descanso. Por enquanto recusou o ideal e adornando um pouco de estibordo deixou-se relaxar parando de vez.

Estar, verborreia tão ouvida, queria agora só estar.

30/07/08

!

Chego sempre a esta altura sem vontade para pensar e parecendo que não, mesmo as poucas palavras que aqui escrevo obrigam-me a raciocinar, raciocinar e de que maneira. Aqui assim é, embora muitas vezes o disfarce e negue.
Outro dia estive relaxado e reli tudo o que escrevi. Se me dissessem que iria, bem ou mal, escrever tudo o que pensei rir-me-ia. Continuo a rir-me.
É nessa disposição que aqui intervalo para depois recomeçar os mesmos passos.
Redundâncias.
Passos do passado, do presente, passadas ao futuro.
É tão simples, por aí, acertados passeá-los ligeiros.
Segue, segui, desperto por esperteza. Sente-se perto?
Sim, sinto-me!

14/07/08

Porto, Segunda-feira 14 de Julho de dois mil e troca o passo.


Em tempos conturbados fará algum sentido falar de amor?

Sou, como uma vez já disse, igual à maioria. Não consigo pensar o amor colectivo. O amor pinga-me aqui e ali, de quando em quando, como quero e não quero, apetece ou repudia, acima de tudo afirma-se de forma egoísta, unicamente por um ser, o ser daquele momento.
Sou um exemplo bem vivo da distorção do amor. Assim sou, sem emenda, sem colectivizar o amor.
Diria agora, em Verão ventoso e alvoroçado não partilho o meu pára-vento com grupos, apenas o divido com quem comigo se queira abrigar da “nortada”.

O egoísmo, o egoísmo é assim, comodista.

07/07/08

Porto, Segunda-feira 7 de Julho de dois mil e troca o passo.

P1010037 Na hedionda demanda pelo que escrever e farto do que o “ser” tem para oferecer a não ser que se reinvente, ou altere o ventre da sua origem, sinto-me obrigado a vaguear no incompreensível, a única forma de sentir sossego por não me coagir a pensar para entender. É incompreensível, óptimo, ponto final.P1010031

A obrigatoriedade em encontrar fundamento torna-se laboriosa porque cada vez mais teias se relacionam transformando a malha da escapatória numa rede tão fina e viscosa que por muito que esbraceje, estrebuche e vocifere não lhe escapo. A fundamentação tornou-se o meu “caldo entornado”.

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Dou por mim a adoptar vários tipos “conversa” conforme o interlocutor, da “fiada” à erudita, da “de chácha” à “profunda”, e depois chego a uma triste conclusão: é toda a mesma, é uma prova cansada.

Hoje é parvo quem se preocupa com o fundamento, é esperto quem se prepara no tema mesmo que só pelos títulos, a dita rama. Nunca agora se vai ao fundo saber o que lá se encontra, que tesoiros escondidos em arcas ansiosas por serem abertas e mostrarem todo o seu esplendor luminescente.

Hoje o fundo é à direita do corredor, onde fica o quarto. O resto, tretas, já se sabe também.

A rama, a rama é rameira.

02/07/08

Por ano são abandonados em Portugal 20 toneladas de animais que por um momento de loucura humana até receberam um pouco de caridade e mimo.

Depois, mijam ladram ou miam. Lixo com o Bixo!

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E velhinhos, quantas toneladas de velhinhos são abandonados por ano?

30/06/08

24/06/08

Postas de Pescada

 

Abri, no post já ido, as portas deste blog a quem quisesse brincando mandar umas postas de pescada. A ideia do chat-room ainda me parece interessante, aberto a quem de forma livre e responsável quisesse participar.

Falamos, HH "a minha" HH ou Dra. Hihg Heels, MM "a minha" MM conhecida por Maria Moura e a que eu prefiro clamar por DoubleM, Vd2B "o meu VdeB" a quem, por direito há muito conferido s’apelle João Pedro e assim o trato, e finalmente PA "o meu" Pedro Alex, eu. Eu?

Da nossa cavaqueira preambular surgiu a ideia de traçar um blog, posta puxa posta, grunhido puxa grunhido (a MM é mais dada ao porquito da Bairrada) , o Postas de Pescada surgiu e está ao dispor de quem connosco quiser divertir-se.

O Gozo de uns é diferente do Gozo de outros, nós os quatro já há muito que respeitamos o Gozo de cada um e gozamos com isso.

Não faço ideia onde a nossa ideia irá parar, por mim não terá fim, os legados da diversão devem ser abertos a todas as raças, credos e religiões. Se for efémero, azarito!

Tagarelar, tagarelandocolagem3e Postas de Pescada

 

 

 

18/06/08

Ai que traquinas são estes meus amiguinhos, vai um gajo daqui acolá e do seu MC (meio de comunicação) fazem uma sala de chat.

Está bem… está bem , vamos lá brincar aos chat rooms… é cool e não dá trabalho…

Mas quando o “Tango” voltar a coisa volta ao normal, neste caso é mais fácil reconstruir do que demolir

DSAW1

Maria Moura disse...

I didn't like this shit! Not a bit. Suddenly I realized I don't Know you but in spite of that little detail I'm going to miss you. That I'm sure of! But...you will come back. A big kiss. See you...

18 de Junho de 2008 0:04

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clip_image003VdeB disse...

Agora obrigaste-me a acender + 1 cigarro Pedro, e olha que este está mesmo muito pensador.
Então isto é que é uma posta de pescada!!! Caro Pedro, dizes tanto em tão poucas palavras que vou ter de fumar + uns cigarros até decidir como enfrentar este teu so what.
Voltarei aqui com toda a certeza para te dizer das minhas, mas para já, e num impulso, estás concerteza a confundir o sentido da palavra pobreza. Uma palavra que temos que utilizar com muita ponderação.
E eu que gostei tanto de aqui entrar hoje, o desenho do cabeçalho prometia tanto...

18 de Junho de 2008 0:26

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clip_image003[1]VdeB disse...

PORRA pah

18 de Junho de 2008 0:27

clip_image003[2]Maria Moura disse...

Escapou-me esta frase: "Mas vou continuar a brincar aos blogues numa forma menos cansativa, servindo-me dos utubes, dos picasa2, windows live writers, e outras modernidades que por aí andam".
Pronto, se é para continuares nas brincadeiras...porra, ando mesmo emotiva!

18 de Junho de 2008 0:43

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clip_image003[3]VdeB disse...

Bom, não me vou por aqui com merdas, para postas de pescada já chegam as tuas que, sejam assadas ou cozidas, serão sempre as tuas postas de pescada.
Por isso venha de lá esse novo ciclo, até já estou ansioso.
Brincar é preciso e precioso, mesmo aos blogues.

18 de Junho de 2008 0:45

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clip_image003[4]VdeB disse...

MM... tás aí?

18 de Junho de 2008 0:46

clip_image003[5]Maria Moura disse...

heheheheheheheeh

18 de Junho de 2008 0:48

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clip_image003[6]VdeB disse...

MM... Também tiveste que fumar uns pensadores cigarros?

18 de Junho de 2008 0:49

clip_image003[7]Maria Moura disse...

Então, vdeb, o tempo por aí na tua janela, hein?

18 de Junho de 2008 0:50

clip_image003[8]Maria Moura disse...

Eh pá, a modos que vou acender outro mas é o último, I promise!

18 de Junho de 2008 0:50

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clip_image003[9]VdeB disse...

Sabes, hoje na tv não há marchas mas também não há CSI, é só desgraças.
Gostaste do novo cabeçalho do Pedro?

18 de Junho de 2008 0:51

clip_image003[10]Maria Moura disse...

Gostei mas está triste! O Pedrocas está triste. I guess...

18 de Junho de 2008 0:53

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clip_image003[11]VdeB disse...

Tá nada, isto são vibes.
Conheces aquela musica 'please don't go'???
lollllllll

18 de Junho de 2008 0:55

clip_image002[7]

clip_image003[12]VdeB disse...

É como te digo, sejam cozidas ou assadas, vindas de onde vem, são sempre umas belas de umas postas de pescada.

18 de Junho de 2008 0:56

clip_image003[13]Maria Moura disse...

13 comentários...Ok, uma boa média. Será que amanhã se dá a revolta do tango ou coisa do género e o Pedrocas nos manda ir conversar pra janela do caraças do vizinho primo da outra?

18 de Junho de 2008 0:57

clip_image003[14]Maria Moura disse...

ou filho ou enteado, já não sei...postas de pescada? Porra, nem cozidas nem assadas a uma hora destas, o melhor é irmos dormir...

18 de Junho de 2008 0:58

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clip_image003[15]VdeB disse...

Quando o gajo acordar nem vai acreditar que estivemos aqui a desbundar, mas o que te digo é
SO WHAT

18 de Junho de 2008 0:58

clip_image003[16]Maria Moura disse...

Welly welly, dear, vou direitinha para o vale dos lençóis! See you around. Bye.

18 de Junho de 2008 1:00

clip_image002[9]

clip_image003[17]VdeB disse...

Vá,vai lá dormir que eu ainda tenho muito trabalhinho por aqui.
Toma lá mais um cyberbeijo.

18 de Junho de 2008 1:00

clip_image003[18]Maria Moura disse...

So what

18 de Junho de 2008 1:00

clip_image003[19]Maria Moura disse...

Kiss

18 de Junho de 2008 1:00

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clip_image003[20]pedro alex disse...

Olá, olá:D
DTCL vocês?
Eu tcl de Portugal.
O quê Portugal?
Ah, pois… Portugal! Portugal! Portugal!
Vou buscar uma “mijeca” e uma bifana, já volto!!!
Uff… voltei, ainda não disseram nada?
Pois… já volto, esqueci-me dos gradanapos.

18 de Junho de 2008 16:31

VdeB disse...

hehehehe...
Isto é como ficar de castigo ao canto da sala com orelhas de burro lolllll
Só tenho pena que não apareça junto dos comentários da MM aquela sua foto fresquinha embora esverdeada.
Pois é Pedro, ontem ainda tentei namoriscar por aqui com a MM, até lhe cantei aquela do ‘babe please don’t go’.
Mas a MM é muito esquiva e pirou-se logo, ou já sabia que íamos ficar de castigo ou estava cheia de saudades do tal do James Blog, esse espião de 5ª categoria.
Não sei se reparaste mas não pus a hipótese de a MM não me gramar. Eu sei que ela me adora, ela é que provavelmente ainda não sabe disso, snif snif.
Será que em vez do ‘please don’t go’ a devia ter convidado para um tango?
Olha, este teu novo ciclo não começa nada mal, mas ainda estou à espera para saber se as postas de pescada são cozidas ou assadas.
Mas por mim não sejas esquisito pah, se em vez das finórias postas de pescada nos quiseres brindar com os resultados das tuas pescarias, conta comigo também.
Aliás, e para que fique registado o pedido, gramo muito de: sável, esturjão, enguia, barbo, carpa, lampreia, perca, achigã, salmão e Bordalo.
Quanto à sala de chat do Pedro Alex, ontem ficou um bocadinho assim a modos de entabacada com as cigarradas da MM, mas tassss bem.
Gostei imenso do teu cabeçalho novo, um dia destes tento fazer uma dessas postas de pescada lá no meu sítio.

18 de Junho de 2008 19:36

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Blogger Maria Moura disse...

Ai c'um caneco. Vem uma teacher duma reunião de quatro horas, cansada e esfomeada, e depara com uma sala de chat de postas de pescada? Eh pá, continuo a dizer, nem cozidas nem assadas.
Muda isso para “Leitão à Bairrada”, “Pudim de ovos” ou até mesmo “Mousse de Manga”. É pra desgraça, homem. Trabalhemos pró colesterol que a seguir dançamos o tango. Não há caloria que resista.

18 de Junho de 2008 21:40

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Blogger Maria Moura disse...

Para o João Pedro um prato de enguias fritas!

18 de Junho de 2008 21:41

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Blogger Maria Moura disse...

Proponho outra canção, uma da vossa geração! (cof cof cof)
http://www.youtube.com/watch?v=VWf1MdHv80Q

18 de Junho de 2008 21:45

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Blogger Maria Moura disse...

O vinho escolhem vocês!

18 de Junho de 2008 21:46

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Blogger Maria Moura disse...

E prontos a modos que estamos (des)conversados!

18 de Junho de 2008 21:48

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Blogger Maria Moura disse...

Gosto bués de falar sozinha. O Lorvão não é em vão, não!

18 de Junho de 2008 21:49

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Blogger pedro alex disse...

Pois, João Pedro eu cá acho que postas de pescadas para além de fresquinhas deverão ser douradinhas, daí as ditas serem fritas, acompanhadas por espargos e tomates recheados, ou risoto de camarão. Para enfrascar, um belo dum maduro branco, frutado quanto baste e servido a 11 ou 12 graus.
Mais postas do que estas, não sou capaz de oferecer. Cá o porquito que a DoubleM oferece, também vai muuiiito bem, era questão de mudar a cor da pinga e passar para 2º prato.
De sobremesa, uma mousse de limão para mim acompanhadinha por um shot de vodka s.f.f.
Bem regadinhos e brumelhinhos, quase de fitinhas ao vento para parecer arrail, vamos mas é para um bailarico lá no quartel dos bombeiros com direito a toque de sirene à bailarina mais formosa, que cá para nós João Pedro, está no papo da “tua” MM (M&M’s:D) e “minha” DB.
Ah, podemos bubericar à ostifação do freguês, o refeireco do JB promove-se a motorista e fica o causo resolvido!
Que toque a sirene!!!

Blogger VdeB disse...

Ainda bem que não preciso de puxar pelo meu Isalita de mil nove e troca o passo para dar ideias para confeccionar postas de pescada e respectivos complementos.
Só não sei se podemos confiar no rafeireco do JB?
Grande blogadela Pedro, estes vibes dão algum sentido a isto, grande blogadela só te digo.

18 de Junho de 2008 23:34

Blogger VdeB disse...

MM....
Are u there????

18 de Junho de 2008 23:35

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Blogger Maria Moura disse...

Gosto da parte do "That's the way ham ham I like it"...e do "Thank you"..." Thank You"!

18 de Junho de 2008 23:47

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Blogger pedro alex disse...

A DB???
Não a Vês, tá ali na frente do homem da corneta a dançaricar shake.
Olha lá, so cá faltava a HH para uma quadra de arromba.
Vou tomar um kompensan, a unha do porco não me caíu no goto. Não lhe tires os olhos de cima, ainda lhe dá um reviralho no fígado e vai catar o JB quando começarem os slows.
Isto tá bão tá...

Ah... Pf passem-me os v/ e-mail para poderem escrever, como autores, directamente no "Postas de Pescada". Assim dá-me ainda menos trabalho:D

18 de Junho de 2008 23:50

Blogger Maria Moura disse...

estas musiquitas da "vossa geração" são o máximo! E depois vocês falam em código? MM? DB? JB? Vou ali ao Dr. Google...

18 de Junho de 2008 23:52

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Blogger Maria Moura disse...

A mim o porquito caiu-me que nem ginjas...por falar nelas, ó Pedrocas, vê se não atiras os caroços das ditas ao decote da piquena que o João Pedro também lhe está a deitar o olho e caroços e olho já são ingredientes a mais para uma noite de rebaldaria!

18 de Junho de 2008 23:56

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Blogger Dra. High Heels disse...

Mas que grande porcaria!

18 de Junho de 2008 23:58

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Blogger Dra. High Heels disse...

Tarda nada enfio-vos no sofá! E pra castigo ficam a noite toda a ouvir "That's the way ham ham I like it!"

19 de Junho de 2008 0:04

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Blogger Maria Moura disse...

Essa do sofá a noite toda soou muito mal, ó dótoura!
JP are you there? And you Perdocas?
Ai o caraças dos homens que me deixaram aqui a dançar sozinha. Não podem ver uma gajinha com decote em V ou um cu a abanar que dá nisto!

19 de Junho de 2008 0:08

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Blogger Maria Moura disse...

Perdocas? Tá bem!

19 de Junho de 2008 0:08

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Blogger Maria Moura disse...

Não sei se to dê, não vês que apesar de ele aparecer no meu blog, é altamente confidencial? Estes gajinhos pensam que só por uma gaja ainda ser chavalita já não percebe estes truques todos! Email? Tá bem tá...

19 de Junho de 2008 0:12

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Blogger pedro alex disse...

Cruzes se não estou. Então surge-me, qual infanta sebastianina sobrepondo-se às névoas da ginginha, a dra das dras e não houvera eu de estar.
Homessa!!! Se Estou!!!
Mas, passem-me os e-mail, assim escrevinham à vontade directamente no "coiso" e poupam-me trabalhinho... Mandem para petalex@sapo.pt Pls.

19 de Junho de 2008 0:15

VdeB disse...

Ai o que eu perdi por aqui, bolas, já um gajo não pode descansar um pouco depois de uma quase directa a trabalhar para o bronze.
MM bem que podes dar corda aos sapatinhos e agarrares-te à vassoura pois o meu próximo slow é com a Highzinha Maria que, qual D. Sebastião, apareceu tal como se esperava numa noite de lua cheia e com os lobos todos a uivar.
uhcuhc arp sotla sotlas sessed ahnit áj ue euq sedaduas euq adireuq ahnizhgiH.

19 de Junho de 2008 12:32

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Blogger VdeB disse...

Pois eu estou de acordo e aceito o desafio do PA!!!
Acho que poderíamos criar um blogue com o nome que o PA sugeriu, que a partir deste momento é segredo não vá o canhoto tecê-las, e chutar para lá umas postas de pescada amais umas tantas iguarias.
Quem disse que os triângulos não funcionam???
Para que se possa construir um triângulo é necessário que a medida de qualquer um dos lados seja menor que a soma das medidas dos outros dois e maior que o valor absoluto da diferença entre essas medidas.
b − c < a < b + c ... ou seja ... PA-JP < MM < PA + JP
Proponho a construção de um triângulo equilátero mas com um forte cariz isósceles de forma a parecer qualquer coisa tipo escaleno e obsceno qb. Montes de mediatrizes, que são as rectas cheias de curvas perpendiculares a um lado do triângulo traçada pelo seu ponto médio ou nem por isso, que quando se encontrarem revelarão o circuncentro, que é como quem diz o centro do circo que circunferência a roda que passa pelos três vértices do triângulo.
E prontus, juro que não mando mais postas de pescada até porque o PA chuta muito mais longe do que eu pois o gajo trata o esférico por tu.
Aguardo ansiosamente vossas próximas PE bem fresquinhas e douradinhas.

19 de Junho de 2008 12:33

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Blogger VdeB disse...

Com a cena do triângulo o JB vai ficar a cantar isto

 

 

 

19 de Junho de 2008 12:56

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Blogger VdeB disse...

já me esquecia, aqui vai o meu mail mas em código indecifrável
moc.liamg@sgolbedv
PORTUGAL!!!
PORTUGAL!!!
PORTUGAL!!!

19 de Junho de 2008 17:15

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Blogger Dra. High Heels disse...

Isn’t life a bowl of cherries?
Highzinha a descalçar os sapatos, a atirar-se pró sofá e a contar até três...
Where's the blog?
Fado-se! Não seja por isso. Venha o rectângulo!
!Lagutrop
!Lagutrop
!Lagutrop
Highzinha a juntar paciennnntemente mais uma pérola à sua colecção de cromos, perdão, blogs!
Assim c’uma assim vou pintar as unhas. Where’s my red nail polish?
Highzinha em mais uma missão (im)possível!
http://br.youtube.com/watch?v=Ii1tc493bZM

19 de Junho de 2008 19:13

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Blogger Maria Moura disse...

Não dá para editar, pá!
E essa daí de cima já devia ter saído de circulação, não? Há gajinhas mesmo irritantes, chiça!

19 de Junho de 2008 19:21

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Blogger Maria Moura disse...

Que venham as Postas de pescada se bem que continuo a dizer que o porquito marchava muito mais depressa!

19 de Junho de 2008 19:23

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Blogger pedro alex disse...

Bem JP estás feito à posta.
Trata de arranjar então um tempinho para arquitectares um blog que por deliberação unânime se chamará postas de pescada.
Apresento uma outra proposta:
O Blog que fique aberto aos nossos estimados comentadores e a todos que por bem, alimentados pelo vício da liberdade e civilidade queiram também brincar aos blogues connosco.
Era um luxo dum triangulo que passou a quadrado emcontrassemos ums forma geométrica que encaixasse o mundo.
Agora vou ver o jogo. Hasta la Vista babies.

19 de Junho de 2008 19:39

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Anónimo Anónimo disse...

bom
talvez noutra altura
noutro dia
este inverno foi muito chuvoso e ventoso
invejo a brincadeira
beijinhos da leonoreta

19 de Junho de 2008 21:22

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Blogger pedro alex disse...

Leo porquê?
Não queres mandar connosco umas postas de pescada. Sem espinhas, douradinhas, suculentas, acabadinhas de saír do mar ou do espírito que as criou.
Vamos criar novos menús, anda Leo e "carga" para um Inverno que já passou se o Verão que vem pode ser muito melhor.
Isto fou uma posta de pescada á portuguesa, servida em pote de barro e assada com bata pimento e tomate.

20 de Junho de 2008 9:49

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Blogger VdeB disse...

Não há duvida que a realidade é muito mais impressionante que a ficção, como diz o outro.
PA, recebi o teu mail convite para participar aqui no Dia Seguinte. Porra, nem me atrevo a pensar nisso, apaga lá essa acessibilidadezinha. Juro que me surpreendeste uma vez mais, mas cada macaco no seu galho, nunca conseguiria ficar satisfeito comigo próprio, fosse qual fosse a eventual intervenção que aqui fizesse. Desculpa lá mas o teu MC está muito bem como está e assim se quer. Mas tenho que te tirar o chapéu, é preciso tê-los.
Falando em tomates, passo directamente ao assunto do triângulo de quatro ou mais lados conforme se queira.
Não tenho duvidas que o assunto Postas de Pescada é de uma relevância e pertinência fundamental e que é na realidade o que a blogoesfera mais necessita na actualidade.
Para alem do mais, será para mim um enorme prazer poder partilhar uma aventura com a HH, a MM e o PA, e assim aprofundar e cultivar uma ligação e empatia tão espontânea como há muito sentida e vivida.
Irei tratar assim que puder de dar o mote da Coisa tal como tu pediste. Irei também tentar estar à altura dos meus compinchas, sim porque convém não esquecer que a HH anda sempre lá muito em cima.
E claro que estou de acordo em que o triangulo aquadradado venha a ter ainda mais lados como tu preconizas. Aliás esta tua recente Posta de Pescada à portuguesa foi bem esgalhada.
Vejo com muito prazer que a nossa MM finalmente saiu do armário, talvez com ciúmes da HH, e finalmente se mostra em todo o seu esverdeado esplendor. Nada como uma competiçãozita para estimular o mulherio.
Posto isto vou já dar o mote para que a aventura comece, mas, atenção, será apenas o mote administrativo por assim dizer, pois estou mesmo é ansioso pelas vossas Postas de Pescada.
Ah, não é preciso apagar o meu mail, aquilo está em código completamente indecifrável.

20 de Junho de 2008 13:57

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Blogger pedro alex disse...

Oh JP cá na minha terra diz-se que só não se emprestam mulheres e carros. O coiso pode-se emprestar e só o recebe emprestado quem tem mais responsabilidade que o emprestador lol lol lol lol.
Olha lá, e aquilo da selecção que bosta de jogo, o resto cagari cagaro.
Quanto ao outro coiso culinário, pois meu caro olho-o como um assunto sério, a bricar, mas a sério.
Bem, agora que o fds se aproxima pensemos em assuntos sérios, praia, sol, vento, a ti parece-me propício, a mim também.
Esperemos que as nossas caras DM e HH botem faladura.
A HH (cá para nós) anda deveras tímida, pouco interveniente, deve estar a aprontar alguma análise pós-Freudiana a modos de nos deixar boquiabertos.
Mais tarde passarei os comentários em falta para o "chat", que trabalheira!!!!!!!
Sem mais, berreubeubeu pardais ao ninho.

20 de Junho de 2008 14:14

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Blogger VdeB disse...

Pois
http://postasforever.blogspot.com/
foi o que se conseguiu para já, Ladies first e a seu tempo abrilhantaremos a Coisa com a devida dignidade

20 de Junho de 2008 14:30

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Blogger VdeB disse...

Finalmente
chegou à blogoesfera aquilo que tanta falta fazia
tá no ar o postas de pescada
não deixem de visitar em
http://postasforever.blogspot.com/