firmar que este país está de “pantanas” é um acto tão badalado (badalo, dá-lhe ao badalo e brada “pantanas”), que não tem graça nenhuma declará-lo.
inda a propósito da miúda do telemóvel (coitada num instante passou de rapariga a bode, expiatório pois claro), lembro (bem tento esquecer) a sistemática conversa dos gajos, que para além das gajas boas que comem (a maior parte com os olhos), dos carros que vão saindo (a maior parte Mercedes), dos brilharetes do Cristiano Ronaldo (a maior parte sobre as gajas que o moço come), agora, pela força da responsabilidade que adquiriram ao serem pais, acrescentaram as façanhas dos filhos ao discurso trivial.
ão conheço pai que ao falar do filho o “pinte” de fora-de-série. Excepcional na inteligência, liderante no seio dos outros meninos, vencedor nos desafios que diariamente lhe são impostos, adaptável com destreza às variações dos estímulos, e mais uma infinidade de atributos retirados dos manuais de psicossociologia vendidos a preços competitivos nas lojas Fnac.
uando os ouço, e são todos, dá-me uma alegria imensa imaginar o futuro desta nação, agora intelectualmente assegurado pelo prodígio dos seus meninos; pelo andar da carruagem retomaremos as glórias dos anos “500” e iremos ser felizes e realizados para sempre.
que aconteceu no liceu Carolina Michaelis, acto de imensa vergonha que os pais não perdoam, será, julgo, punido com esmero.
s pais de menina irão fazer um workshop intensivo sobre o tema “educação de menores”,e a professora passará uns sábados de manhã no mercado do Bolhão a fim de reciclar o tema “peixeirada”.
adolescente, o bode expiatório, irá ser julgada no Tribunal de Menores, expulsa da escola, e viver o resto da adolescência estigmatizada e, de preferência, conviver longe dos meninos dos papás.
spero, francamente, que ela, tal como eu, tenha o dom de esquecer e perdoe (desconfio que esse falta-me, não me lembro) a quem lhe aponta o dedo.
pre!... Dar ao badalo cansa, e é um risco.
9 comentários:
Badalemos, ups! Oremos irmanos!
Amén.
Kisskiss BanGBanG
faz diferença o blogger do sapo. é mais facil.o tema do cacilheiro deixou de ser a paranoia da colega que tem a mania que é a "chefe". enquanto a televisao der imagens do michaelis, o badalo é sobre o michaelis. se a coisa durar mais uma semana talvez o socrates diminua mais um por cento ao iva para ver se passa ele a ser o centro do badalo.
beijinhos
Su:
Badalaremos pois em uníssono.
Bjs e Bangs lol
Leo:
Ois Leo:)
Bem, se a causa for diminuir o IVA mais um por centozinho vamos a isso. Que se mantenha o carolina por mais uma semaninha.
Em relação à menina do telemóvel apraz-me dizer que no meu tempo de liceu e já vão 14 anos que terminei o liceu, também se passavam coisas assim só não era com telemóveis; e irrita-me que muitos dos papás que criticam a atitude condenável da miúda (não deixa de ser condenável obviamente)tivessem sido eles próprios protagonistas de histórias similares e agora enchem o peito de ar a dizerem " no meu tempo não era assim..." enfim, é grave o que aconteceu, não digo que não mas há coisas tão mais graves a acontecerem nas nossas escolas... que não têm 1/4 da projecção que este caso teve. Lamento por essa menina, lamento mesmo, acho que não era caso para tanta mediatização e agora processos judiciais, não sei se calhar digo isso porque vi muito pior e nada foi feito. Um dos meus anos de liceu foi recheado de peripécias destas de meninos que se diziam "meninos bem" e que hoje são cidadãos que recriminam e apontam o dedo a esta jovem. Na adolescência fazemos tanta coisa graças às hormonas em ebulição sem pensar nas consequências... ela já sabe que fez mal, que não o deveria ter feito e parece-me que depois desta mediatização toda a Patrícia já teve o seu castigo... e não me venham dizer que os pais não lhe deram educação porque eu acredito que não é questão de educação, perdeu a cabeça a miuda foi o que foi, quem nunca perdeu?
Nesta história, falharam todos e meu ver.
Desculpa o testamento mas tinha isto entalado lol!
beijo
Ainda por cima, a professora tinha dado autoização aos alunos para ouvirem musica nos telemóveis. E assistirem à aula, não?
De qualquer maneira, não é com a transferência de estabelecimento de ensino, que o problema se resolve. Só mudaram o problema de sítio...
Ah que coisa mailinda (tou a falar do template do blog e não da menina do telemóvel ;)
Tão limpinho que dá gosto ler (sem ter de recorrer a "reverse" para alterar os contrastes :)
Bem badalado! abraço.
Não me apetece badalar, prontos!
Sabes Storm,a civilidade deveria ser uma das matérias a leccionar desde o início. Sei lá, se calhar até é melhor não, assim é que a assistência às aulas diminuiria sem precedentes lol.
Mac,para grandes males, grandes remédios. Eu criaria um jamming nos liceus de forma a interferir com os telelés. Não havia apito para ninguém.
Nota que na fac, tive profs que atendiam o desgraçado nas aulas.
Xana,tá limpinho demais lol. Um dia destes, como de costume saíra borratada, de certezinha :D
Vampiria…brrrr lol, pois é. O badalo, isto é, o acto de badalar precisa de ser popularizado.
Conjuguemos então: eu badalo, tu badalas, ele badala, nos badalamos, vós badalais, eles badalam.
D. Maria, Maria Moura,pois então não badale, eu badalarei. Se bem que juntos badalaríamos melhor. Se um dia badalares conta comigo:P
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