Diz quem me conhece que sou bem-humorado. Fico satisfeito com esta apreciação a meu respeito porque ao ser julgado é-me atribuída uma característica que aprecio no temperamento dos outros.
Sem ser um Mário que vai com todos, vou-me desenvolvendo e refinando olhando-os de forma crítica. Adopto sem pudor características deles que julgo assentarem-me lindamente e exploro até à exaustão factores próprios que me individualizam, que sem eu ser novidade nenhuma tornam-me distinto.
O que eu faço a meu respeito, julgo ser o que todos fazem.
O humor que então dizem me caracteriza não consigo de forma sucinta defini-lo, mas desenvolveu-se de certeza durante os anos a fio que convivi com gente bem-humorada.
Recuso com veemência o personalismo e acredito piamente que me resumo a um produto do meio, adornado primeiro por quem me educou e depois pelo meu julgamento do que me seria adequado, aliás história ja velha e mais que sustentada neste espaço.
O meu humor, longe da anedota que embora conte não me contenta e por isso esqueço-a, resulta do sobressalto em me amenizar e auxilia-me a de forma pudica e serena encaminhar a força da corrente ao meu moinho.
Ao inteirar-me do que sou por vezes assusto-me e desconheço-me, se me levasse com seriedade e severidade endoidecia.
Há um tempo atrás, pouquíssimo comparado com a origem do universo, numa estada em terras de sol, mar e gajas, determinamos eu e os outros, o peido como forma de estar em sociedade e desenvolvemos o voto com esmero e diversificação.
Num desses dias qualquer, ao descer num elevador apinhado de mikes, um dos meus avisou-me na língua de Camões a sua pretensão em soltar o gás resultante de uma noite de vodka e pequeno-almoço de tequilla. Encorajei-o e prontamente, de forma prolongada e grave, o resultado do aprisionamento prolongado do famigerado elemento leve e incolor nas voltas e reviravoltas do seu intestino libertou-se em todo o seu esplendor e odor.
A surpresa inicial dos acompanhantes no sobe e desce culminou em gargalhadas generalizadas e numa fuga repentina mal as portas se escancararam.
Desse dia em diante convenci-me que a merda e o seu cheiro se libertados em forma de gás são cómicos, se libertados em forma de palavras ditas ou escritas são desprezíveis, e finalmente, se libertados em forma de matéria são nojentos.
Chupa cagalhão!
8 comentários:
O meu humor tambem é estranho, eu acho. Aprecio uma boa anedota, sobretudo as perspicazes e inteligentes, mas não as sei contar, talvez por isso também eu as esqueça muito rápidamente.
Acho que todos os miudos passaram por cenas de humor com peidos, e as miudas, como serão as cenas parvas de humor entre elas?
ola pedro
pergunto-me onde arranjas estas fotos tao sui generis
parece paula rego. mas nao te iludas , nao percebo nada de pintura.
quanto a justificaçao da origem do teu humor... sim...
o teu humor advem da relfexao sobre o insolito quotidiano. é tao idiota que ate da vontade de rir e de brincar.
depois quem tem o dom da palavra faz oitos e consegue rir para nao chorar.
beijinhos da leonoreta
depois de ler o comentario que fiz acho que nao me expliquei bem e decidi rectificar para nao ficares com duvidas.
o que e idiota e o insolito do quotidiano. nao e o teu humor. esse nao tem nada de idiota
leonoreta
depois de ler o comentario que fiz acho que nao me expliquei bem e decidi rectificar para nao ficares com duvidas.
o que e idiota e o insolito do quotidiano. nao e o teu humor. esse nao tem nada de idiota
leonoreta
depois de ler o comentario que fiz acho que nao me expliquei bem e decidi rectificar para nao ficares com duvidas.
o que e idiota e o insolito do quotidiano. nao e o teu humor. esse nao tem nada de idiota
leonoreta
enaaaaaaaaaa pá
o que eu fiz para aqui.......
apaga lá e desculpa
lolll
Cara anónima/Leonoreta, não te preocupes, o gajo estava mesmo a pedi-las depois de tanta provocação, digamos que deixámos aqui umas bufas hehehehe
Leozinha entendi miles de bem a tua primeira escrita, e mesmo que a minha idiota fosse, uma achega de ti é e será sempre ouro sobre azul.
As fotografias tiro-as de um livrinho quenininho chamado feet-ishism do Hans-Jurgen Dopp.
A primeira é uma aguarela de um notebook inglês, e esta, a última, éuma aguarelatambém de De Monceau.
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João Pedro, sei lá quais serão as brincadeiras tolas das meninas. Eu achava-as tolas quando prescindiam de jogar ao médicos e punham-se tolas a jogar ao elástico. Acho que também apreciam a verdade e a consequência.
Sei lá, uma vez numa feira do livro li em parangonas, " Quando julgar o que uma mulher pensa, não creie e julgue 100 vezes pior".
Daí para a frente delas espero sempre 100 vezes pior do que o que prevejo.
Entenda-se tudo num sentido positivo, como é óbvio.
E mais João Pedro, bufas pá, bufas... bufas... mas que grande 31!!! Peidos homem, ou traques se achares mais conveniente.
Bufas... ai ai:D:D:D
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