pedro alex

12/01/10

12-1-2000 e não tenho a certeza

Chove tanto…

Lembrei-me de como é bom ouvir a chuva, corri para casa, não com medo de me molhar, mas só para a ouvir caindo.

Das nossas janelas vê-se campo e monte e árvores, estão embaciadas pelo calor da lareira, e por mim, e pela chuva que cai.

Olho o mais longe que posso, e quanto mais olho mais são os pensamentos sempre acarinhados pelo conforto desta casa, tão simples, tão enormemente morna que se confunde com quente.

A música mistura-se com o estalar da madeira que arde, e eu vou-me misturando com tudo sem saber como parar.

Num instante ribomba um trovão, não lá fora mas dentro de mim, e corro para a chuva, e com ela danço de braços abertos, e rodopio, e encharco-me nela, e encanto-me com tudo.

Vai caindo a noite e a luz amarela das janelas pisca por mim, e outra vez corri para casa, desta vez não para ouvir a chuva, mas para continuar a rodopiar e dançar com a casa, e abraça-la e usa-la e tê-la.

E vou indo e indo, sem parar, até quando e onde me apetecer.

1 comentário:

Red Maria disse...

Hmmm... rodopia aí mas atenção, nos próximos não convém abusar! ;)