pedro alex

03/02/10

2 de Fevereiro de 2000 e já me esqueci

De facto não valemos quase nada. Diria que uma das características que mais nos define é sermos efémeros. Disso ninguém se lembra, nem eu, e quando me lembro ou por qualquer motivo sou obrigado a ponderar essa realidade, o único peso que encontro para contrabalançar a angústia do facto é o esquecimento. Talvez por isso, pela leviandade com que utilizo o esquecimento, habituo-me a esquecer e esqueço, esqueço sem compaixão de tanta memória perdida, esqueço sem pudor de tanta realidade indispensável. Um dia destes, por certo, vou precisar de me lembrar e não recordarei. Nesse dia ao pensar só terei 3 palavras “que se lixe”, ou não terei palavra nenhuma o que ainda será melhor. Anoto o texto para me lembrar que sou efémero e que pelo fardo da inteligência que tenho sou obrigado a corrigir o erro sistemático a que incorro assim eu o queira, sem dúvida, assim eu o queira.

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